quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022


Mais Um Bilhetinho para a África do Sul?

Ainda não transitou em julgado mas, a fazer fé nas conclusões do Tribunal Judicial de Leiria, um outrora presidente da Câmara Municipal de Pedrogão Grande será culpado das trampolinices de que foi acusado, mais especificamente prevaricação de titular de cargo público, falsificação de documento e burla qualificada, todas elas relacionadas com o desvio de meio milhão de euros de donativos destinados à reconstrução de primeiras habitações de vítimas dos incêndios que, anos atrás, devastaram a região.

Condenado, tal como um vereador, a pena de prisão efetiva - de sete e seis anos, respetivamente*) -, "foi uma surpresa", "não temos palavras", pena "demasiado pesada".

Até aqui, nada de inovador na reação. Mas, acrescentou, "vai ser uma caminhada muito longa" e "isto não vai ficar por aqui".

Ficando por aí à solta anos a fio enquanto aguarda resultados dos sucessivos recursos, com uma pesada sentença às costas, controlado por uma patentemente ineficaz ação judiciária preventiva dos tribunais portugueses, e apesar de as posses não se compararem às do em tempos escorregadio banqueiro*) - agora em vias de voltar a escapulir-se, se conseguir livrar-se da preventiva naquela indescritível prisão...*) -, será que, em lugar de o agora condenado presidente da autarquia empreender uma "caminhada muito longa" não acabará por, with a little help from his friends *), optar por uma tranquila viagenzinha de avião, talvez não para tão longe como a África do Sul?


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022


Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares


"
Pode-se fazer sofrer muitos durante algum tempo,
não se pode fazer sofrer todos durante demasiado tempo
"

Miguel Sousa Tavares*)      
(Expresso)                    


Aqui fica a ideia, à atenção dos mais ou menos cómicos ditadores de pantomina que por aí não faltam, - passados, atuais, prospetivos ou nem isso -, alguns deles admirados por partidos que, nas extremas esquerda >e direita >, se dizem democráticos mas aos quais, manifestamente, ninguém reconhece tão nobre conotação.

PS: Esta frase foi escrita muito antes da invasão da Ucrânia pela Rússia. Mas seria bom que Vladimir Putin a tivesse bem presente; e, já agora, Zelensky, também.

(leia a sequência aqui)