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quinta-feira, 26 de maio de 2022


Rex Stout


"Sempre que possível, é mais sensato confiar na inércia. É a maior força do Mundo"


"It is always wiser, where there is a choice, to trust to inertia. It is the greatest force in the world"

Rex Stout *)
in "Fer-de-Lance"


Trata-se, é verdade, de um pensamento atribuído a uma personagem tão pouco ativa como Nero Wolfe *).

Existe, todavia, uma tendência para nos esquecermos de que, no que à Física diz respeito, inércia é a incapacidade de qualquer corpo alterar, por si só, o seu estado de repouso ou movimento. Não apenas de repouso, portanto.

De outra forma dito, inércia é, ora o fluir tranquilo de uma situação ou de um processo - como a vida, a nacionalidade, a sociedade, a profissão -, ora a pausa indispensável a qualquer atividade. Quer as situações, quer os processos, tendem a evoluir ao seu ritmo natural, sem sobressaltos, em paz, o que não deve, nem pode, ser confundido com estagnação, marasmo. Nem umas, nem outros, se interrompem ou suspendem por si sós: apenas por um impacto exercido sobre eles, um ato de vontade, uma ação exógena, um grão de areia na engrenagem, até.

Esta tendência de crescimento pacífico e natural, quase inerte, apropriado à capacidade de aceleração saudável do ser humano, em todas as vertentes, não se quebra, pois, por si só, mas apenas por algo que venha desestabilizar as pacíficas águas sobre as quais desliza a vida, quantas vezes desnecessária e inutilmente agitadas por nada mais do que a ânsia de conquistar eleitorado, de gerar avultados resultados económicos ou de conseguir narcísico protagonismo.

Assim nascem, por esse Mundo fora, guerras de diversa ordem e de âmbito mais ou menos restrito, desde invasões de estados por outros a meras questiúnculas restritas do quadro empresarial ou familiar.

A vontade de quebrar a inércia em prol dos outros, seja da Humanidade, seja do núcleo restrito que nos rodeia, será sempre de saudar dentro dos limites de uma razoável moderação e de respeito pelo próximo, do que lhe pertence, da maior ou menor capacidade de cada um para acompanhar o nosso entusiasmo.

No entanto, tal como é absolutamente inaceitável a invasão arbitrária de uma nação por outra, também será sempre de condenar a invasão arbitrária e egoísta de um espírito em paz por outro que dele, de alguma forma, pretende aproveitar-se.

Pensemos em política, em publicidade, em qualquer forma de exibicionismo.

Pensemos no que quer que seja suscetível de nos proporcionar protagonismo desejável apenas por nós; e tenhamos a moderação e a temperança essenciais à manutenção dos equilíbrios sem os quais jamais chegaremos, onde quer que seja, de forma sustentada e duradoura, apenas semeando em volta a morte, a dor, a ansiedade, a destruição.

Na Ucrânia, como bem junto a qualquer de nós.

* *

Por falar em inércia, no meio desta confusão toda gerada pela invasão, de todas as acusações ou insinuações de responsabilidade que lhe são feitas, onde pára, agora, Angela Merkel, a chanceler alemã que terá aberto a, Vladimir Putin, as portas da Ucrãnia, ou de qualquer estado da antiga União Soviética que resolvesse invadir?

[continua aqui]


quarta-feira, 6 de abril de 2022


Luís de Camões


"Um rei fraco
faz fraca a forte gente
"

Luís de Camões*)              
(Lusíadas, III 138)                       


Referia-se o Poeta a Dom Fernando I*), no tempo em que o poder executivo se encontrava nas mãos do monarca, e não nas do chefe do governo.

Naquele tempo, não existiam eleições; tampouco partidos políticos aos quais, na sequência de indesejáveis resultados daquelas, o rei tivesse de se coligar, ficando refém de cedências desmesuradas e fortemente lesivas do interesse nacional.

Naquele tempo, também havia, por toda a parte, escaramuças, guerras e invasões; mas, dominada pelo soberano, a população que aguentasse os impactos bélicos, políticos, sociais e económicos, já que outro remédio não tinha, e a vida  fácil não passava de uma ilusão.

Naquele tempo, existiam ainda mais pestes e pragas sanitárias; mas o incipiente estágio da medicina pouco ou nada permitia fazer para as controlar, pelo que, sob esse aspeto, pouco importava se o rei era forte ou fraco, competente ou não, já que impotente seria, certamente, para resolver problemas de tamanha dimensão.

Naquele tempo, não havia, liberdade, direitos humanos, e eram muito elementares a justiça, a educação e os outros pilares de uma democracia então inconcebível, e da qual, hoje, muita gente não tem a mais ínfima noção.

Hoje, sabe-se que todas estas novidades existem; e que, mesmo em detrimento da ordem pública e da paz social, muito tuga que por aí anda delas chorudos proventos procurará extrair, em lugar de pensar como poderá assegurar o respetivo gozo aos concidadãos.

Hoje, depois dos brutais impactos recentemente sofridos, há fundos europeus generosamente distribuídos em volume suficiente para, não apenas procurar minorar os efeitos daqueles, como para proporcionar oportunidades únicas de suster o nosso já proverbial trambolhão económico, seja absoluto, seja relativo face aos parceiros da União.

Hoje, mais do que nunca, tornou-se de suma importância, para o Estado, ter ao leme um primeiro-ministro que seja, não apenas popular, habilidoso e flexível, mas, pelo menos, um gestor convincente, recrutador eficaz, estratega competente, administrador incorruptível, educador culto e informado, legislador experiente.

Hoje, como naquele tempo, um governo chefiado por alguém ideologicamente débil, politicamente elástico, gestor inseguro, justiceiro complacente, comunicador fechado, planeador disperso, andarilho ausente, apenas faria ainda mais fraca a nossa cada vez mais fraca gente.

quarta-feira, 16 de março de 2022


Teixeira de Pascoaes


"Somos a nossa casa
e todas as velhas sombras que a povoam"

Teixeira de Pascoaes*)              
(in "O Bailado")                             


Sombras que povoam, não apenas os espíritos dos indivíduos, mas a memória das nações.

Alguma vez conseguiremos livrar-nos da endémica propensão para o compadrio, para o nepotismo, para a cunha e para o chicoespertismo, tão incrustados na memória cultural do nosso Portugal?



Outros temas que poderão interessar-lhe no Mosaicos em Português:
- Camilo, acerca da vida nas cidades Leia AQUI
- O que é inevitável no futuro de Portugal... Leia AQUI

quarta-feira, 2 de março de 2022


Aquilino Ribeiro


 

"O janotismo nas sociedades primárias
é sempre um trunfo certo"

Aquilino RIbeiro*)   
(Quando os Lobos Uivam)      


Por alguma estranha razão, quando leio coisas destas, lembro-me logo de certas pessoas que deambulam sem rumo a exibir os glúteos nas redes sociais, os bólides à porta dos estádios, as toilettes nos chamados picadeiros, os milhões sabe-se lá como amealhados, e outras tantas foleiradas de cultivadores da própria imagem, quantas vezes pendurados, com as suas famílias, no crédito necessário à aquisição destas máscaras e fantasias que não dispensam no seu eterno e humanamente desolador Carnaval dos Animais.

Lembro-me, também, daqueles políticos profissionais que nada mais fizeram na vida do que ser políticos profissionais, o que quer que tal coisa possa querer dizer; e temo o efeito que um governo recheado de pessoas destas - alcandoradas ao poleiro, não por especial competência ou mérito, mas como forma de retribuição pelos serviços prestados à maioria absoluta instituída - possa vir a provocar sobre um país conformado, anestesiado e em estado de negação quanto à manifesta irresponsabilidade de quem parece obstinar-se em aplicar tão irresponsável critério à escolha daqueles por quem tão grandes responsabilidades irá distribuir.

Na situação em que o Mundo se encontra, e em pleno período crítico de aplicação de fundos externos generosamente distribuídos,Portugal carece de rigor, de princípios, de disciplina, de valores.

Tudo isto é incompatível com a simples ideia de ter irredutíveis janotas a governar.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022


Morgan Freeman


Morgan

"(Como nos livramos do racismo?)
Parem de falar nele!
"


"(How do we get rid of racism?)
Stop talking about it!
"

  (em entrevista)      


Com isto, não quererá, evidentemente, Morgan Freeman dizer que a questão do racismo não deva ser discutida enquanto fenómeno social, designadamente quanto às formas de atenuar os seus efeitos, já que não parece crível que, alguma vez, consigamos vê-lo definitivamente erradicado.

O sentido bem patente na frase reside, antes, na condenação veemente da discriminação positiva exacerbada levada a cabo, de forma sistemática, por ativistas e por partidos desesperados por alguma coisa ter a que se agarrar, excessos e desmandos esses que, como já aqui escrevi, em nada favorecem a causa, antes contribuem fortemente para a desvirtuar e desvalorizar, gerando a indiferença entre quem tem os olhos e os ouvidos cheios, até à náusea, com um tema sem dúvida importante, mas do qual já não se consegue ouvir falar.

Tudo isto se torna especialmente perigoso quando, aproveitando a maré e a incapacidade das oponentes para falar de forma lúcida e fundamentada sobre tão sério assunto, vem, há coisa de uma semana, o ideólogo do Chega! candidamente proferir, numa estação televisiva*), frases que parecem  absolutamente verdadeiras - tais como "é um facto objetivo que há raças e há cores" ou "a nossa cor de origem é branca e a nossa raça é a raça caucasiana" -, mas que, além de cientificamente inexatas, ganham contornos bem vincados quando proferidas por quem ocupa lugar de especial destaque no partido que bem conhecemos pelas posições inabaláveis que assume nesta matéria.

O melhor caminho para desmascarar o que poderá estar por detrás das ditas afirmações não será, seguramente, apenas contrapor alegações vazias, ocas, proferidas em tom exaltado ou indignado, nada mais fazendo do que repetir mais vezes a fio velhas acusações em lugar de, tranquilamente, enquadrar na realidade tais afirmações. Não é útil contrapor a tão perentórias frases chavões como a multiculturalidade, a pluralidade, misturando, até o feminismo, pau para toda a obra e para cavalgar quem quer que se nos oponha até ficar esvaziado de todo o seu significado e valor.

Falhou, assim, redondamente a estação televisiva, se a intenção era arranhar ou abanar, ainda que ao de leve, a couraça do velho guerreiro que convidou. Para tal, além de escolher como moderador alguém menos evidentemente parcial, haveria de ter convidado, como oponente, outro velho guerreiro, igualmente tranquilo, cínico que bastasse e, sobretudo, lúcido, inteligente, capaz de ouvir o outro lado com a paciência indispensável ao planeamento de golpes letais a desferir sobre a argumentação racista, sempre que se proporcionasse ocasião.

A tarefa era hercúlea e o assunto demasiado sério para ter sido deixado ao cuidado de mais ou menos entusiásticos mas mal arrimados atores, que, no que à dialética isenta e ao debate sustentado na mais elementar lógica, mostraram, à saciedade, não passar de incompetentes e ineficazes amadores.

(leia aqui a sequência)



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022


Michel de Montaigne

Michel de Montaigne

 


"A honra é um privilégio
que tem o seu maior valor na raridade"


"L'honneur, c´est un privilège qui tire sa principale essence de la rareté"

(in "Les Essais")        

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022


Charles Chaplin

Charles Chaplin about life
 A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.
Por isso, canta, grita, dança ri e vive intensamente,
antes que a cortina caia e a peça termine sem aplausos"

"Life is a play that does not allow testing.
So, sing, cry, dance, laugh and live intensely, before the curtain closes and the piece ends with no applause
"

  Charles Chaplin *)  
("Interviews") 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021


Gilbert K. Chesterton

G K Cesterton e as Falácias

"
As falácias não deixam de ser falácias
por entrarem na moda 
"


"Fallacies do not cease to be fallacies because they become fashions"

G. K. Chesterton *)      

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021


Mark Twain


Mark Twain - Opinião Petrificada


"
A lealdade a uma opinião petrificada nunca quebrou uma cadeia ou libertou uma alma humana"


   "Loyalty to petrified opinion never yet broke a chain or freed a human soul"     

in "Consistency"  


Por certo algo em que os nacionalistas na extrema-direita e os comunistas na extrema-esquerda bem fariam em ter presente nas suas mentes cristalizadas e empedernidas, esquecendo as ânsias de protagonismo e a sobrevivência política a todo o custo, contra quase tudo e contra quase todos, e pensando, por uma vez, no interesse da população, bem como na democracia como, apesar de tudo, um regime menos mau...

Visto, como está, que esta coisa de extremos leva a nada, resta questionarmo-nos quanto à verdadeira motivação dita altruísta de quem a eles se agarra... para não desaparecer politicamente.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021


Alphonse Allais

Alphonse Allais e a Ilusão
"
Um homem que sabe ser feliz com uma simples ilusão é infinitamente mais esperto do que aquele que desespera com a realidade"


   "Un homme qui sait se rendre heureux avec une simple illusion est infiniment plus malin que celui qui se désespère avec la réalité."     



Será, sem dúvida, algo para se pensar, numa época em que parece que tudo quanto alguém almeja é "ser feliz", seja lá o que for a ideia que cada um tem de tal idílico estado.

O que pensar, então, dos que nada têm, e sabem que jamais de seu algo terão? Como, senão através do sonho, poderão ter acesso à imagem de uma felicidade que, como a de qualquer de nós, não passará, afinal, de uma efémera ilusão?

Não deverá isso fazer-nos refletir sobre a sorte que, de facto temos, passando a contentarmo-nos com uma ou outra ilusão, em lugar de nos endividarmos sem freio ou contenção na ânsia de, cada dia que passa, alguma coisa de novo termos para mostrar a outros que, tal como nós, apenas deles querem saber e, do que de novo em nós vêm, são incapazes de tirar satisfação, antes lhes causando dolorosa inveja e insuportável irritação?

Que tal, em vez de sofrer por não poder ter, por não poder comprar, nos irmos, aqui e ali, contentando com alguma... ilusão?

quarta-feira, 17 de novembro de 2021


Bob Marley

Bob Marley e os Efeitos do Protagonismo Excessivo

"
Não vivas para que a tua presença seja notada,
mas para que a tua ausência seja sentida
"


   "Don't live for your presence to be noticed,
but for your absence to be felt.
"     

Atribuída a Bob Marley*)



Quantos políticos lusitanos atuais poderão gabar-se de ter conseguido - ou querido conseguir... - uma proeza tal, numa altura em que boa parte de nós já nem olhar pode para boa parte deles?

quarta-feira, 10 de novembro de 2021


Vergílio Ferreira


"Ser tímido é dar importância aos outros. Ser desinibido é dá-la a si próprio.
Mas normalmente o tímido tem-na. O desinibido não"

Vergílio Ferreira*)
Conta Corrente 5*)  


Parece escrita a pensar em certos cada vez mais desinibidos e insignificantes apresentadores de programas televisivos de consumo corrente, com guião à base de gritos e gargalhadas, sem nada acrescentar à pouco instruída plateia que se compraz na mais vazia e embasbacada contemplação.






quarta-feira, 3 de novembro de 2021


Erle Stanley Gardner


Stanley Gardner
"Não é preciso ver um homem, olhar o seu rosto, apertar-lhe a mão e ouvi-lo falar, para o conhecer. Basta observar como se comporta. Podemos vê-lo através dos olhos dos outros"

"You don’t need to see a man, look in his face, shake his hand, and hear him talk, in order to know him. You can watch the things he does. You can see him through the eyes of others"

Erle Stanley Gardner*)
The Case of the Silent Partner


Não sei porquê, ao ler isto, vieram-me à memória aquelas carantonhas inenarráveis que, durante semanas a fio, diretamente - e não através dos olhos dos outros - sempre temos de contemplar em milhares de cartazes da campanha para as eleições autárquicas.

Mas não são, apenas, feios: vê-se logo, naqueles olhares fixos, vazios, o real grau de capacidade e de competência para gerir nem que fosse a mais insignificante autarquia, atributos que, aliás, os debates entre candidatos tragicamente confirmam.

Há também aqueles com o tradicional ar de chicos espertos, de candidatos à perda prematura do mandato, que só não é mais rápida porque, no nosso Torrão Natal, a justiça é lenta como a alguns convém, e o sistema judiciário vive à míngua de esmolas que lhe são lançadas pelos sucessivos orçamentos do Estado.

O arquivo Ephemera*) conserva um vasto acervo, cuja visita recomendo, de imagens de cartazes ilustrativos das mais recentes campanhas eleitorais autárquicas. Diz-se que, quem vê caras, não vê corações, mas até uma vista de olhos superficial por aquela galeria nos fará entender a profundidade do pensamento de Stanley Gardner sobre o assunto...

Não se assustem!...

- x -

Por outro lado, o que vemos através dos olhos dos outros, designadamente dos da comunicação social, diz-nos muto, sobretudo acerca do caráter, da personalidade, da eventual bondade cívica das figuras públicas de políticos, de desportistas, de comunicadores, de toda essa gente que não conhecemos pessoalmente mas, mesmo assim, muitos de nós idolatram, talvez não tanto por aquilo que parecem ser, mas pelo bem que esperamos que nos possam trazer ou fazer.

Já parece preocupar-nos cada vez menos o que outros leiam de nós através daquilo de que, pelo nosso comportamento, se possam aperceber, preferindo, quantas vezes, mostrar o que comprámos, o que temos e que, na maior parte dos casos, connosco pouco ou nada tem a ver.

Vivemos, em suma, numa época de primado da imagem pessoal e institucional, quase sempre manipulada, logo, desprovida de significação válida, resultando num mero e desprezível engodo, num logro onde já só cai mesmo quem preferir fazer de conta que não está a entender.

O que pretendemos, afinal: ser, ou... apenas parecer?

quarta-feira, 20 de outubro de 2021


Mário Lago

 

Mário Lago

"Fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo:
nem ele me persegue, nem eu fujo dele.
Um dia a gente se encontra"

atribuída a Mário Lago*)



Como dizia Villaret*), "Corre corre, Corridinho, corre a vida sem parar"*)

A louca corrida por aquela felicidade que não sabemos ao certo o que é mas ainda não desistimos de alcançar, faz-nos esquecer que há tempo para tudo, desde que tenhamos a lucidez de apenas querer fazer aquilo que as circunstâncias e o tempo de vida nos permitem.

Quer isto dizer que devamos baixar os braços, cair na inércia, no comodismo, no facilitismo? Nada disso! Sempre haverá, no entanto, que reconhecer a invencibilidade do tempo, cuja cadência constante nem Einstein*) descobriu como, efetivamente, alterar.

Assim, uma boa parte da arte de viver consiste, não em persistir na tolice de querer dominar o tempo, mas em aprender como a ele nos sujeitarmos sem prejuízo daquilo que, em prol dos outros, a cada um de nós couber realizar, em lugar de nos ocuparmos, de forma infantil e egocêntrica, em aproveitar ao máximo aquilo que da vida pudermos levar.

De outra forma, estaremos a lutar contra os nossos dois maiores inimigos:

um, o tempo que nunca mais passa;
outro, o tempo que não pára de passar.

Se os temas da
VIDA
são um mistério para si, leia os artigos indexados no correspondente separador no topo desta página,
Serão um ponto de partida para refletir...

quarta-feira, 6 de outubro de 2021


Louis XI

Louis XI

"
Em política é necessário dar o que se não tem e prometer o que se não pode dar"

"En politique, il faut donner ce qu´on na pas et promettre ce qu´on ne peus donner"

rei de França)*)   
      



Diversos artigos polémicos sobre
POLÍTICA
estão disponíveis no correspondente separador no topo desta página.
NÃO PERCA!

quarta-feira, 22 de setembro de 2021


Marguerite Yourcenar

Nature Humaine

"
A natureza humana pouco se altera,sendo, no entanto, capaz de uma extraordinária plasticidade exterior"

"La nature humaine change peut
tout en étant capable d´une plasticité extraordinaire à l´extérieur
"

Marguerite Yourcenar*)           
       Entretien avec Claude Servan-Schreiber
Juillet 1976                   


Caso se interesse por
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Mosaicos em Português

quarta-feira, 8 de setembro de 2021


Sir Arthur Conan Doyle



"
A mediocridade nada conhece de mais elevado do que ela própria,
mas o talento reconhece instantaneamente o génio"

"
Mediocrity knows nothing higher than itself,
but talent instantly recognizes genius"

Sir Arthur Conan Doyle*)
       The Valley of Fear      

Caso se interesse por
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quarta-feira, 25 de agosto de 2021


Leonardo da Vinci


"
Todo aquele que se apaixona pela prática, sem ligar ao conhecimento, é como o marujo, que entra no navio sem leme ou bússola, e nunca sabe ao certo para onde vai"

"Quelli che s’innamorano della pratica senza la scienza, sono come i nocchieri che entrano in naviglio senza timone o bussola, che mai hanno certezza dove si vadano"

Leonardo da Vinci *)                
 Trattato della Pittura           


Um pungente exemplo da falta de rigor e de rumo de que fala Leonardo
será, sem dúvida, aquilo que, de forma cada vez mais preocupante, se passa com a

LÍNGUA PORTUGUESA,

domínio onde grassa a tendência para a afirmação perentória de posições não fundamentadas, invocando regras gramaticais inexistentes ou interpretadas ad libitum.

Não perca, no correspondente separador no topo desta página,
diversos artigos polémicos sobre temas com ela relacionados.

quarta-feira, 11 de agosto de 2021


Oliver Wendell Holmes, Jr

A mente de um fanático é como a pupila do olho


"A mente de um fanático é como a pupila do olho:
quanto mais a iluminamos, mais se contrai
"

"
The mind of a bigot to the pupil of the eye;
the more light you pour on it, the more it contracts
"


O pavor da simples possibilidade de estarmos errados ou de estar errado quem admiramos - e de ter de o admitir... -, faz-nos contrair a mente até ao mais básico estado de negação de algo em que não queremos acreditar, em que não suportamos ter de acreditar.

Ao mesmo tempo, cada vez mais, a falta de ideias originais tende a exacerbar a necessidade de defesa de outras já muito estafadas, em que a discussão social e política gira mais em torno da paixão e do clubismo do que da sobriedade e da racionalidade que deveria, em princípio, distinguir o ser humano dos restantes animais.

Mais propício se torna, assim, esta conjuntura a que a defesa preferida de um fanático seja fechar-se na exaltação dos seus heróis e na repetição ad nauseam dos dogmas que religiosamente segue, naqueles inspirados. Tal ocorre, sobretudo, quando vê atacadas as suas ideias mais ou menos inaceitáveis, mais ou menos loucas, apressando-se a rejeitar à partida quanto se lhes oponha, ainda que baseado em informação mais fidedigna e elaborada a partir dos dados mais objetivos.

Faz lembrar as reações de certos indefectíveis admiradores de alguém recentemente falecido em cuja bondade de intenções e elevação de princípios, apesar de toda a evidência legalmente validada que há muito tempo as negava, escolhem continuar, obstinadamente, a acreditar, um pouco como acontece como, perante um crime ou uma séria ilegalidade cometida por um astro da bola que, apesar de tudo, continuamos a idolatrar.

quarta-feira, 28 de julho de 2021


Agatha Christie

Agatha Christie
"Atravessamos a vida como um comboio,
precipitando-nos na noite, rumo a um destino desconhecido"

"We go through life like a train
rushing through the darkness to an unknown destination"

Agatha Christie *)       
(The Red Signal*)               



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