nem ele me persegue, nem eu fujo dele.
atribuída a Mário Lago*)
Como dizia
Villaret*), "Corre corre, Corridinho, corre a vida sem parar"*)
A louca corrida por aquela felicidade que não sabemos ao certo o que é mas ainda não desistimos de alcançar, faz-nos esquecer que há tempo para tudo, desde que tenhamos a lucidez de apenas querer fazer aquilo que as circunstâncias e o tempo de vida nos permitem.
Quer isto dizer que devamos baixar os braços, cair na inércia, no comodismo, no facilitismo? Nada disso! Sempre haverá, no entanto, que reconhecer a invencibilidade do tempo, cuja cadência constante nem Einstein*) descobriu como, efetivamente, alterar.
Assim, uma boa parte da arte de viver consiste, não em persistir na tolice de querer dominar o tempo, mas em aprender como a ele nos sujeitarmos sem prejuízo daquilo que, em prol dos outros, a cada um de nós couber realizar, em lugar de nos ocuparmos, de forma infantil e egocêntrica, em aproveitar ao máximo aquilo que da vida pudermos levar.
De outra forma, estaremos a lutar contra os nossos dois maiores inimigos:
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