segunda-feira, 31 de janeiro de 2022


Balada de Despedida do 5º Ano Jurídico 88/89




Não são grandes vozes, pois não.

O som, pior ainda.

Mas tudo é genuíno, é sentido.

Rostos, ora alegres, ora sofridos.

Não será, à sua maneira, uma verdadeira obra de arte, esta canção?

Pode ver e ouvir aqui.

Imagem: Youtube/Rádio Coimbra

Para admirar outras maravilhas do audiovisual, selecione
*Obras de Arte
à direita da tela, sob a epígrafe 'Acesso por Categoria (*) ou Tema'

domingo, 30 de janeiro de 2022


O Circo sem Fim

Cumpriu-se, ontem, o dia de faz-de-conta, o chamado 'dia de reflexão'. Um dia miserável para os órgãos de comunicação, em que, já e ainda, não se pode 'fazer' política; em que jornalistas, comentadores e politólogos não podem atirar-nos as suas já gastas e mais do que previsíveis opiniões, baseadas em sondagens cada vez menos credíveis e em desempenhos enviesados e esquivos dos protagonistas e daqueles que gostariam de, um dia, vir a sê-lo.

Hoje, o circo mediático volta à bilheteira, já que o 'dia de ansiedade' se segue ao 'dia de reflexão'.

Ansiedade dos candidatos na corda bamba e dos que se julgam a um passo da eleição. Ansiedade das as agências de marketing e das de sondagens, que nas urnas vão ver decididos os negócios da próxima campanha. Ansiedade para os compadres dos eleitos e dos perdedores também. Ansiedade para os adeptos do clube político, que, como se a final de ontem da Taça da Liga não bastasse, não sabem se vão sair em ombros ou humilhados, se vão ter ou não coragem para aparecer no café no dia seguinte ao do jogo... que dizer, da eleição.

O circo mediático suspendeu-se ontem. Hoje regressa com o ar beatífico, confiante e bem disposto do candidato com o boletim meio introduzido na urna à espera do fotógrafo; com declarações firmes que fazem lembrar as do recentemente derrotado candidato à Câmara Municipal de Lisboa, a meio da tarde do dia da eleição; com os discursos de vitória e de fingida vitória.

A partir de amanhã, mais forte e barulhento fica o circo, com dias e dias dedicados à especulação e à cacha quanto às negociações em curso que dificilmente do pântano nos tirarão. Tudo isto, com muita, muita publicidade à mistura, que se não pode parar o circo da desinformação.

Os acrobatas, são os candidatos. Politólogos e quejandos, os palhaços e restantes atores.

Os animais... nós, desgraçados e enganados eleitores.