Hoje, o circo mediático volta à bilheteira, já que o 'dia de ansiedade' se segue ao 'dia de reflexão'.
Ansiedade dos candidatos na corda bamba e dos que se julgam a um passo da eleição. Ansiedade das as agências de marketing e das de sondagens, que nas urnas vão ver decididos os negócios da próxima campanha. Ansiedade para os compadres dos eleitos e dos perdedores também. Ansiedade para os adeptos do clube político, que, como se a final de ontem da Taça da Liga não bastasse, não sabem se vão sair em ombros ou humilhados, se vão ter ou não coragem para aparecer no café no dia seguinte ao do jogo... que dizer, da eleição.
O circo mediático suspendeu-se ontem. Hoje regressa com o ar beatífico, confiante e bem disposto do candidato com o boletim meio introduzido na urna à espera do fotógrafo; com declarações firmes que fazem lembrar as do recentemente derrotado candidato à Câmara Municipal de Lisboa, a meio da tarde do dia da eleição; com os discursos de vitória e de fingida vitória.
A partir de amanhã, mais forte e barulhento fica o circo, com dias e dias dedicados à especulação e à cacha quanto às negociações em curso que dificilmente do pântano nos tirarão. Tudo isto, com muita, muita publicidade à mistura, que se não pode parar o circo da desinformação.
Os acrobatas, são os candidatos. Politólogos e quejandos, os palhaços e restantes atores.
Os animais... nós, desgraçados e enganados eleitores.