terça-feira, 11 de janeiro de 2022


Golpe de Mestre... Falhado. No PCP

Exaurido até ao limite das suas forças, o Partido Comunista Português (PCP) teve a brilhante ideia de auto-limitar a sua participação nos debates televisivos aos agendados para canal aberto, por, alega, considerar discriminatória a forma como foi feito o respetivo planeamento.

Contando, para os frente-a-frente, apenas com um secretário-geral desgastado, fatigado, aparentemente desinteressado da luta política que vá além da eterna e estafada cassette, lá encontrou o Partido esta saída airosa que, depois da inevitável derrota na hora da verdade, sempre lhe permitirá invocar a redução da exposição televisiva, atirando a culpa para terceiros - deliberada e convenientemente se esquecendo do facto de a exposição ter sido ainda menor por culpa própria - e procurando assim, debalde, justificar a magreza do escanzelado resultado que as sondagens - e a lógica, se alguma existe nestas andanças - lhe preconizam.

Como resultado desta opção, o Partido pensou, por outro lado, garantir que o debilitado Secretário-Geral apenas iria debater com velhos soldados - o Secretário-Geral do Partido Socialista e o Presidente do Partido Social Democrata -, o que, à partida, o pouparia a ataques frontais e violentos dos mais jovens cabecilhas de forças incipientes, ou mais radicais, ou também elas em vias de extinção parlamentar.

O primeiro embate, porém, demonstrou que se enganou, já que o atual Primeiro-Ministro simplesmente cilindrou, sem dó nem piedade, o companheiro de longa data que ousara dar a estocada final na precária mas tão necessária estabilidade governativa.

O que reservará, amanhã, ao previsível Secretário-Geral do PCP, o imprevisível Presidente do PSD?

Se é que ainda existe PSD...





Em pleno século XXI, que razão poderá, ainda, encontrar-se para a subsistência de um partido que, assumidamente, admira e advoga os princípios da teoria soviética dos primórdios do século passado?

LEIA AQUI

uma análise objetiva sobre o PCP dos nossos dias
e o processo entrópico em que mergulhou




O futuro tem Partido,
ou não há futuro para o Partido?
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