Certo é que pela Assembleia ainda anda um resquício da PANdemia quase pulverizou o assim chamado Pessoas, Animais e Natureza. No entanto, dificilmente algo de bom dali sairá, de tão descredibilizada que, agarrada ao poder como uma lapa, interna e externamente a personagem se encontra.
Não passa, assim, o PAN de mais um grupinho de pessoas à deriva, sem estatuto ou causa que façam dele um partido político, mais valendo remeter-se, definitivamente ao estatuto que lhe serve como uma luva: o de mais grupo de pressão em defesa dos animais e da Natureza, uma vez que, as "Pessoas" que ostenta no nome estão, já, bem cientes do quase nada que dele podem, e alguma vez, puderam antever.
A par, mais à direita, de CDS e PSD*), o PAN não passa de mais um caso de entropia por força da indefinição dos dirigentes, das guerras intestinas e da fragilidade e inconsistência dos ideais.
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As causas minoritárias são, preferencialmente, defendidas por grupos de pressão nelas focados e nelas especializados, designadamente do ponto de vista técnico, logo, mais aptos a agir com eficácia acutilante onde, inevitavelmente, falham os partidos políticos, concetualmente vocacionados para as questões abrangentes e integradas da governação.
A Assembleia da República é lugar para debater as grandes questões do Estado de direito democrático e da forma pela qual, quem a tal se propõe, poderá e deverá governar todos, mas mesmo todos, os demais cidadãos. Não é forum para, explorando, abusivamente, a montra mediática, um, ou dois, ou meia dúzia de defensores disto ou daquilo se porem a bramar por ideais irrelevantes para a gestão global do Estado, revelando-se completamente incapazes de conciliar aquilo que defendem com os bem mais amplos e superiores interesses nacionais.
Para bandalheira mediática, já basta a que é fomentada pelas extremas. Já que temos uma maioria absoluta, concentremo-nos em fazer de Portugal algo mais do que um motivo de permanente sobressalto e preocupação.
Gostemos da maioria absoluta que temos, ou não...