Vale o que vale, mas não deve passar em claro a tentativa da França no sentido de expurgar o idioma da enxurrada de anglicismos*) importados mormente através dos canais associados à informática e às redes sociais - aos quais haverá que juntar, a desenfreada proliferação de emojis e, no caso português, de brasileirismos atirados a esmo.
Não será, propriamente, animadora a previsão de acolhimento pela restante população da imposição, aos funcionários públicos, da utilização de expressões como joueur professionel em lugar de pro-gamer, ou de joueur-animateur en direct para substituir o bem mais simples streamer. Pode, até, dizer-se com propriedade que a coisa é pouco prática, que gasta mais tinta, que demora muito tempo a dizer e uma infinidade de argumentos contrários absolutamente razoáveis.
A iniciativa é, não obstante, meritória, quanto mais não seja por procurar quebrar a incompreensível inércia cúmplice por parte daqueles a quem cumpriria zelar pela preservação dos idiomas, e que a todas estas agressões vão, passivamente, assistindo, chegando ao ponto de adotar o indesejável, de defender o indefensável, de aplaudir uma deturpação que nada mais favorece do que a ambiguidade, a perda de identidade cultural e linguística, enfim, uma descontrolada e cada vez mais criticada globalização.
Ainda que provavelmente condenada ao insucesso, seria bom que, por cá, a iniciativa levasse a alguma calma, ponderada e séria reflexão...
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Condidere este seu texto por mim assinado e, digo mais, fosse eu alguém que mandasse, estaria já aprovada uma Lei de salvaguarda de genuidade de idiomas, nomeadamente da nossa riquíssima Língua Portuguesa, que tão adulterada anda.
ResponderEliminarBom Domingo!
É, de facto, uma grande vergonha. Simplesmente não consigo entender a indiferença das assim chamadas autoridades.
EliminarBom Domingo!
Se me permite, assino por baixo, pois é lamentável o que se passa quanto ao uso de termos estrangeiros ou aportuguesados.
ResponderEliminarBoa tarde.